VÓS ABANDONAIS O MANDAMENTO DE DEUS PARA SEGUIR A TRADIÇÃO DOS HOMENS

A tradição, quando corrompida, se torna um terreno fértil para o pecado. Os fariseus e mestres da lei, ao insistirem em rituais externos como a lavagem das mãos, negligenciavam o coração da lei divina. 

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"VÓS ABANDONAIS O MANDAMENTO DE DEUS PARA SEGUIR A TRADIÇÃO DOS HOMENS". 

A advertência de Jesus em (Marcos 7,8), "Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens", ressoa com uma clareza alarmante em nossos dias, apontando para a eterna luta entre a obediência às leis divinas e a tentação de se conformar às tradições humanas. Este artigo busca explorar as múltiplas facetas desta tensão, destacando a corrupção inerente nas tradições que se afastam da pureza do mandamento divino, e ressaltando a necessidade urgente de retornar à sabedoria e justiça das leis de Deus. 


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A advertência de Jesus em Marcos 7:8, "Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens", ressoa com uma clareza alarmante em nossos dias, apontando para a eterna luta entre a obediência às leis divinas e a tentação de se conformar às tradições humanas. Este artigo busca explorar as múltiplas facetas desta tensão, destacando a corrupção inerente nas tradições que se afastam da pureza do mandamento divino, e ressaltando a necessidade urgente de retornar à sabedoria e justiça das leis de Deus.

A tradição, quando corrompida, se torna um terreno fértil para o pecado. Os fariseus e mestres da lei, ao insistirem em rituais externos como a lavagem das mãos, negligenciavam o coração da lei divina. Eles elevaram suas próprias tradições a um patamar superior ao do mandamento de Deus, cometendo o erro grave de substituir a essência espiritual pela aparência superficial (João Crisóstomo, Homilies on Matthew, Oxford, 1888, Clarendon Press, p. 46). Assim, a tradição se torna não só uma "ferrugem" que corrói a verdadeira fé, mas também uma "máscara" social que esconde a verdade divina, gerando um ambiente de hipocrisia.

Os mandamentos de Deus, por outro lado, são precisos e confortam a alma. Em Salmos 19:7-8, o salmista exalta a perfeição da lei do Senhor, que é capaz de converter a alma e trazer alegria ao coração. A tradição humana, no entanto, frequentemente revela suas faces perniciosas, distanciando o homem da verdadeira comunhão com Deus e o impedindo de alcançar a Terra Prometida, símbolo da plenitude espiritual. A posse desta Terra é, na verdade, a posse da graça divina, uma promessa que se cumpre apenas através da obediência aos decretos do Senhor (Tomás de Aquino, Summa Theologica, Roma, 1888, Desclée, p. 1023).

A sabedoria e inteligência divina são refletidas nas leis do Senhor, que são justas e imutáveis. A tradição humana, em contraste, é volátil e sujeita às vicissitudes das culturas e épocas. Santo Agostinho enfatiza que "as leis de Deus não mudam conforme os tempos, mas permanecem eternas e firmes" (Confissões, Milão, 1997, Garzanti, p. 213). Portanto, é prudente abandonar as tradições humanas que se afastam da essência divina e abraçar os mandamentos do Senhor, onde se encontra verdadeira sabedoria e conforto para o espírito.

Na casa do Senhor, como é descrito no Salmo 23, encontramos águas cristalinas e uma mesa farta, uma imagem de repouso e abundância espiritual. Este banquete celestial é reservado para aqueles que seguem fielmente os mandamentos divinos, rejeitando as tradições humanas que corrompem a pureza da fé. Somente a prática da Palavra de Deus nos concede a salvação, pois "não são os que ouvem a lei que são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei" (Romanos 2:13).

Os fariseus e mestres da lei, ao se apegarem às suas 613 prescrições, tornaram-se impuros e falsos diante de Deus. Eles lavavam as mãos, mas não o coração, demonstrando uma religiosidade vazia que Jesus denunciou com veemência. A arrogância e o orgulho que permeavam essas tradições humanas distanciavam os corações do verdadeiro culto ao Senhor (Orígenes, Commentary on Matthew, Paris, 1862, Migne, p. 59).

A verdadeira fé, ao contrário, é marcada pela humildade e pela dependência total da graça divina. Como nos ensina São Bernardo de Claraval, "encontrei o meu Senhor; colocou em meu colo sua graça e misericórdia" (Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, Lyon, 1854, Vitte, p. 47). A soma da generosidade do Senhor é abundante, e diante dela, o fiel se sente indigno, mas ao mesmo tempo, grato por tamanha bondade.

Assim, em um mundo onde as tradições humanas frequentemente obscurecem a luz da verdade divina, é essencial que cada fiel repouse seu espírito na casa do Senhor e participe do seu banquete, que oferece não apenas sustento, mas a verdadeira vida eterna. A prática da Palavra é o caminho seguro para se afastar das tribulações e alcançar a salvação, enquanto o orgulho e a arrogância das tradições humanas conduzem à perdição. Portanto, abandonemos as tradições corrompidas e abracemos com fervor os mandamentos de Deus, que são justos, eternos e fonte de verdadeira vida.

A Tensão entre Mandamentos Divinos e Tradições Humanas: Uma Análise Teológica

A relação entre os mandamentos de Deus e as tradições humanas tem sido objeto de intenso debate teológico ao longo dos séculos. O versículo de Marcos 7:8, onde Jesus adverte os fariseus por abandonarem o mandamento de Deus para seguir tradições humanas, tem sido central na compreensão dessa tensão. Esta dissertação visa a explorar essa complexa relação, com uma revisão bibliográfica que inclui contribuições de teólogos e exegetas católicos, tanto nacionais quanto internacionais.

1. O Contexto Bíblico e Teológico: Mandamento vs. Tradição

O ponto de partida para nossa análise é a compreensão do contexto bíblico em que se dá a crítica de Jesus às tradições humanas. Jesus confronta os fariseus e escribas, que, ao se apegarem a tradições como a lavagem cerimonial das mãos, negligenciam o que Ele chama de "mais importante da lei: justiça, misericórdia e fidelidade" (Mateus 23:23). Este episódio não é um ataque às tradições em si, mas àquelas que se tornam um fim em si mesmas, obscurecendo o verdadeiro sentido dos mandamentos de Deus.

Dom Estêvão Bettencourt, um dos mais renomados teólogos brasileiros, ao comentar sobre este versículo, afirma que a crítica de Jesus "visa revelar a distorção do coração humano, que frequentemente busca refúgio em práticas exteriores, enquanto negligencia o essencial da lei de Deus, que é o amor" (Estudos Bíblicos, São Paulo, 2005, Paulus, p. 121). Para Bettencourt, o verdadeiro perigo reside na substituição do mandamento divino por uma tradição que perde seu sentido original e se torna um mecanismo de exclusão e julgamento.

2. A Corrupção das Tradições Humanas

Santo Agostinho, em sua obra A Cidade de Deus, faz uma distinção clara entre as tradições que estão em harmonia com a vontade divina e aquelas que se corrompem ao longo do tempo, servindo mais aos interesses humanos do que aos propósitos de Deus (Roma, 2003, Città Nuova, p. 457). Segundo ele, a corrupção das tradições humanas ocorre quando estas são despojadas de seu significado espiritual e transformadas em meros rituais, vazios de verdadeira devoção.

O teólogo alemão Joseph Ratzinger, mais tarde Papa Bento XVI, também oferece uma análise crítica sobre as tradições humanas que se afastam do mandamento divino. Em sua obra Introdução ao Cristianismo, Ratzinger observa que "as tradições podem tornar-se ídolos quando se transformam em um sistema rígido que exclui a dinâmica da fé viva" (München, 1968, Kösel-Verlag, p. 233). Para ele, a verdadeira fé requer uma constante purificação das tradições, a fim de que estas permaneçam em sintonia com o Evangelho.

3. A Importância dos Mandamentos Divinos

A tradição católica enfatiza que os mandamentos de Deus, especialmente os Dez Mandamentos, são a base inquestionável da moral cristã. São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, defende que "os preceitos do Decálogo são os primeiros princípios da lei natural, que refletem a ordem da justiça e da razão" (Roma, 1888, Desclée, p. 102). Para Aquino, os mandamentos não são apenas regras de conduta, mas expressões da sabedoria e do amor de Deus para com a humanidade.

No contexto brasileiro, o teólogo Leonardo Boff discute a relevância dos mandamentos na formação da consciência cristã e social. Em sua obra Os Mandamentos: A Caminho da Libertação, Boff argumenta que "os mandamentos de Deus são instrumentos de libertação, que nos conduzem para além das amarras das tradições humanas que escravizam" (Petrópolis, 1981, Vozes, p. 56). Para Boff, a obediência aos mandamentos divinos é o caminho para a verdadeira liberdade e justiça social.

4. As Faces Perniciosas da Tradição Humana

Outro aspecto a ser considerado é a maneira como as tradições humanas podem assumir formas perniciosas, afastando os fiéis da verdadeira comunhão com Deus. O exegeta espanhol Luis Alonso Schökel, em seu estudo sobre os Evangelhos, observa que "as tradições dos fariseus frequentemente criavam uma barreira entre Deus e o povo, impondo fardos insuportáveis que não estavam em consonância com a misericórdia divina" (Manual de Exegese Bíblica, Madrid, 1994, Ediciones Cristiandad, p. 322).

Santo Irineu de Lyon, um dos primeiros Padres da Igreja, em sua obra Contra as Heresias, também denuncia as tradições que se distanciam da verdade revelada, afirmando que "quando as tradições humanas tomam o lugar da Palavra de Deus, elas se tornam fontes de erro e divisão" (Paris, 1857, Migne, p. 847). Esta crítica de Irineu ecoa na tradição católica, que constantemente chama à vigilância para que as práticas religiosas não percam seu verdadeiro sentido espiritual.

5. A Salvação pela Palavra: A Supremacia dos Mandamentos de Deus

Por fim, é essencial destacar que, segundo a tradição católica, a salvação está intimamente ligada à prática da Palavra de Deus, que inclui a obediência aos mandamentos. O Concílio Vaticano II, no documento Dei Verbum, enfatiza que "a Sagrada Escritura é a suprema regra de fé e prática cristã, e qualquer tradição que contradiga a Palavra de Deus deve ser rejeitada" (Roma, 1965, Libreria Editrice Vaticana, p. 12). Esta afirmação reforça a necessidade de um discernimento contínuo, para que a tradição humana não se torne um obstáculo à fé verdadeira.

O teólogo francês Yves Congar, em sua obra A Tradição e as Tradições, explora a complexidade das tradições na Igreja, argumentando que "somente aquelas tradições que estão em perfeita harmonia com a Palavra de Deus devem ser mantidas, pois é pela Palavra que somos santificados" (Paris, 1960, Cerf, p. 89). Congar chama a atenção para a importância de uma tradição viva, que esteja sempre aberta ao Espírito Santo e à renovação pela Palavra.

Conclusão

A tensão entre mandamentos divinos e tradições humanas é um tema central na teologia cristã, especialmente no contexto da crítica que Jesus faz aos fariseus nos Evangelhos. A revisão bibliográfica aqui apresentada, incluindo contribuições de teólogos e exegetas católicos, tanto nacionais quanto internacionais, demonstra a necessidade de um discernimento contínuo para garantir que as tradições humanas permaneçam em sintonia com os mandamentos de Deus. Os mandamentos divinos, refletindo a sabedoria e o amor de Deus, são a verdadeira fonte de vida e salvação, enquanto as tradições humanas, quando corrompidas, podem afastar os fiéis do verdadeiro caminho da fé. Portanto, é prudente e necessário que cada cristão examine as tradições à luz da Palavra de Deus, buscando sempre a fidelidade aos mandamentos divinos como a base inquestionável de sua vida espiritual.

A Mística de São João da Cruz e a Tensão entre Mandamentos Divinos e Tradições Humanas

A mística cristã, especialmente como expressa por São João da Cruz, oferece uma perspectiva profunda e transformadora sobre a relação entre os mandamentos de Deus e as tradições humanas. Para os grandes místicos e santos da Igreja Católica, a adesão aos mandamentos divinos não é meramente uma questão de obediência exterior, mas um caminho de união íntima e transformadora com Deus. Este texto explora como a mística de São João da Cruz e de outros místicos e santos ilumina a tensão entre os mandamentos divinos e as tradições humanas, enfatizando a necessidade de uma purificação interior e um desapego das formas exteriores que obscurecem a verdadeira espiritualidade.

1. A Noite Escura e a Purificação das Tradições Humanas

São João da Cruz, em sua obra clássica A Noite Escura da Alma, descreve o processo de purificação espiritual pelo qual a alma passa para se libertar de tudo que a afasta de Deus, incluindo as tradições humanas que se tornam obstáculos para a verdadeira comunhão divina. Ele afirma que "a alma precisa passar por essa noite escura para ser purificada de todos os seus apegos, inclusive daqueles que aparentam piedade, mas que, na verdade, a mantêm afastada de Deus" (Salamanca, 1578, Ediciones del Carmelo, p. 145). Para João da Cruz, a verdadeira espiritualidade exige um desapego radical não apenas das coisas materiais, mas também das tradições religiosas que se tornaram vazias de sentido espiritual.

Santa Teresa de Ávila, contemporânea e colaboradora de São João da Cruz, também enfatiza a necessidade de uma interioridade profunda e de um desapego das práticas exteriores que não conduzem à verdadeira união com Deus. Em O Castelo Interior, Teresa escreve que "as tradições e práticas exteriores podem ser um auxílio à vida espiritual, mas tornam-se um perigo quando substituem a interioridade e o amor verdadeiro a Deus" (Salamanca, 1577, Ediciones Paulinas, p. 89). Para Santa Teresa, a obediência aos mandamentos de Deus é inseparável de uma vida interior rica e profunda.

2. O Caminho da Perfeição e a Superação das Tradições Corrompidas

São João da Cruz insiste que o caminho para Deus é marcado por uma contínua purificação e uma superação das tradições corrompidas. Ele descreve a "noite passiva do espírito" como uma fase em que Deus purifica a alma de tudo o que não está de acordo com Sua vontade, incluindo as tradições humanas que não refletem o verdadeiro espírito do Evangelho. "É necessário que a alma seja despojada de todas as coisas para que possa encontrar a Deus em sua simplicidade e pureza" (Salamanca, 1584, Ediciones del Carmelo, p. 203). Este processo de despojamento é essencial para que a alma alcance a união perfeita com Deus, livre das distorções que as tradições humanas podem causar.

A mística de São Francisco de Assis também oferece uma perspectiva complementar sobre a necessidade de superação das tradições corrompidas. Francisco, conhecido por seu radical desapego e simplicidade, exorta seus seguidores a viverem de acordo com os mandamentos de Deus, sem se deixarem prender pelas tradições que obscurecem a pureza do Evangelho. Em sua Regra Não Bulada, Francisco instrui seus irmãos a "evitarem qualquer prática que não esteja em total conformidade com a vida de Cristo e Seus mandamentos" (Assis, 1221, Ediciones Franciscanas, p. 42). Para Francisco, a imitação de Cristo é o único caminho seguro para evitar a corrupção das tradições humanas.

3. A União com Deus e a Libertação das Tradições Opressoras

A mística de São João da Cruz destaca que a união com Deus é o objetivo final da vida cristã, e essa união só é possível quando a alma se liberta das tradições humanas opressoras que a mantêm presa a um formalismo vazio. João da Cruz ensina que "quanto mais a alma se desprende das formas exteriores e tradições que não conduzem à verdadeira devoção, mais se abre à graça e ao amor de Deus" (Salamanca, 1585, Ediciones del Carmelo, p. 276). A verdadeira liberdade espiritual, segundo João da Cruz, vem do abandono das tradições que se tornaram ídolos e do retorno ao simples seguimento dos mandamentos divinos.

Santa Catarina de Sena, outra grande mística da Igreja, enfatiza em O Diálogo a necessidade de abandonar as tradições humanas que não estão enraizadas no amor a Deus e ao próximo. Ela escreve que "a verdadeira devoção não se encontra nas tradições exteriores, mas na conformidade da alma com a vontade de Deus, expressa nos Seus mandamentos" (Siena, 1378, Edizioni Domenicane, p. 190). Catarina adverte contra a hipocrisia daqueles que observam tradições exteriores enquanto seus corações estão distantes de Deus, ecoando as críticas de Jesus aos fariseus.

4. O Banquete Divino e o Desapego das Tradições

A imagem do banquete divino, presente tanto na Escritura quanto na mística cristã, simboliza a abundância da graça de Deus para aqueles que se desapegam das tradições humanas e seguem fielmente Seus mandamentos. São João da Cruz, em seu poema A Subida do Monte Carmelo, usa essa imagem para descrever a alma que, ao abandonar as tradições humanas, é conduzida a participar do banquete divino onde encontra a plenitude do amor de Deus. "A alma que se desapega de todas as coisas e tradições, encontra em Deus o banquete da Sua graça, onde sacia plenamente sua sede espiritual" (Salamanca, 1579, Ediciones del Carmelo, p. 88).

São Bernardo de Claraval, em seus Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, também utiliza a metáfora do banquete para descrever a comunhão íntima entre a alma e Deus, que se realiza quando a alma se liberta das tradições humanas que a mantêm afastada da verdadeira vida espiritual. "Aqueles que buscam o banquete da Palavra de Deus não têm necessidade das tradições humanas que não alimentam a alma, mas sim da Palavra viva que nutre e fortalece" (Clairvaux, 1150, Edizioni Bernardine, p. 230).

Conclusão

A mística cristã, especialmente como desenvolvida por São João da Cruz e outros santos da Igreja, oferece uma profunda crítica às tradições humanas que se afastam dos mandamentos de Deus. Para esses místicos, a verdadeira espiritualidade é marcada pelo desapego das formas exteriores que obscurecem a presença de Deus na vida da alma. A prática dos mandamentos divinos, livre das distorções das tradições humanas, conduz a alma a uma união íntima e transformadora com Deus, onde ela pode participar do banquete divino e encontrar a verdadeira liberdade e paz espiritual. Assim, a mística cristã nos chama a uma purificação contínua, onde os mandamentos de Deus são o guia seguro para a vida espiritual, e as tradições humanas são constantemente discernidas à luz da verdade do Evangelho.

Biografias:

1. São João da Cruz (1542-1591)

Biografia Resumida:
São João da Cruz, nascido Juan de Yepes Álvarez, foi um frade carmelita e um dos maiores místicos e poetas da Espanha. Ele foi uma figura central na Reforma Carmelita, junto com Santa Teresa de Ávila, e é conhecido por suas obras sobre a vida espiritual, como A Noite Escura da Alma e A Subida do Monte Carmelo. Sua espiritualidade é marcada por um profundo desejo de união com Deus, alcançada através do desapego total e da purificação interior.

Frases Famosas:

Curiosidades:
São João da Cruz foi preso pelos próprios carmelitas que se opunham à reforma que ele e Teresa promoviam. Durante o encarceramento, ele escreveu alguns de seus poemas mais importantes.

Idade em 2024: 482 anos.


2. Santa Teresa de Ávila (1515-1582)

Biografia Resumida:
Santa Teresa de Ávila, nascida Teresa de Cepeda y Ahumada, foi uma freira carmelita, mística, reformadora e escritora espanhola. Ela fundou a Ordem dos Carmelitas Descalços e é autora de obras espirituais clássicas, como O Castelo Interior e O Caminho da Perfeição. Sua vida foi marcada por experiências místicas profundas, que ela descreveu com uma linguagem rica e simbólica.

Frases Famosas:

Curiosidades:
Santa Teresa experimentou êxtases místicos e visões que marcaram profundamente sua espiritualidade. Uma das mais famosas foi a transverberação, em que sentiu o coração ser perfurado por um dardo de amor divino.

Idade em 2024: 509 anos.


3. São Francisco de Assis (1181/1182-1226)

Biografia Resumida:
São Francisco de Assis, nascido Giovanni di Pietro di Bernardone, foi o fundador da Ordem dos Frades Menores, mais conhecida como Franciscanos. Ele é famoso por sua vida de pobreza, humildade e amor pela natureza e pelas criaturas. Francisco renunciou a todos os bens materiais para viver como Cristo, pregando o Evangelho e cuidando dos pobres.

Frases Famosas:

Curiosidades:
São Francisco recebeu os estigmas, marcas das chagas de Cristo, dois anos antes de sua morte, enquanto rezava no Monte Alverne. Ele é também conhecido por ter pregado aos pássaros e por seu amor pelas criaturas de Deus.

Idade em 2024: 842/843 anos.


4. Santa Catarina de Sena (1347-1380)

Biografia Resumida:
Santa Catarina de Sena, nascida Catarina Benincasa, foi uma terciária dominicana, mística e Doutora da Igreja. Ela é conhecida por sua vida de intensa oração, suas visões místicas e por ter exercido uma influência significativa na política da Igreja, especialmente na questão do retorno do Papa de Avinhão para Roma. Catarina escreveu O Diálogo, um dos maiores tratados místicos da literatura cristã.

Frases Famosas:

Curiosidades:
Catarina escreveu inúmeras cartas a papas, reis e outros líderes, instando-os a reformarem suas vidas e a Igreja. Foi proclamada Doutora da Igreja em 1970.

Idade em 2024: 677 anos.


5. São Bernardo de Claraval (1090-1153)

Biografia Resumida:
São Bernardo de Claraval foi um monge cisterciense e uma das figuras mais influentes da Igreja no século XII. Ele é conhecido por suas pregações, pelo apoio à Segunda Cruzada e por sua espiritualidade centrada no amor de Deus. Suas obras, como os Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, são marcos na teologia mística.

Frases Famosas:

Curiosidades:
São Bernardo teve um papel crucial na fundação da Ordem dos Templários e escreveu a regra da ordem. Ele também foi conselheiro de papas e reis.

Idade em 2024: 934 anos.